quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Carboxiterapia

A carboxiterapia é um método de estética vindo da Europa, ainda bastante novo no Brasil. Dotado de ampla documentação científica trata-se de um método não cirúrgico que utiliza o dióxido de carbono altamente purificado, não tóxico e presente normalmente como intermediário do metabolismo celular.

A técnica consiste na infiltração de dióxido de carbono por via subcutânea ou percutânea, através de agulha muito fina, difundindo este facilmente nos tecidos adjacentes. O gás causa quebra das células de gordura e consegue uma vasodilatação dos capilares locais, aumentando o fluxo de oxigênio e, consequentemente, refirmando os tecidos pela produção de colágeno.

O tratamento é quase indolor: pode sentir-se um pequeno aumento da temperatura na zona de aplicação, por cinco a dez minutos. Não provoca qualquer tipo de alergia ou outras complicações e o paciente pode retornar a sua atividade normal de imediato. Uma vez que a carboxiterapia estimula a formação de colágeno e novas fibras elásticas, é um excelente tratamento para a flacidez facial, olheiras, manchas, cicatrizes e rugas superficiais, bem como celulite, flacidez da pele, estrias, adiposidade localizada e pós-operatório de cirurgia plástica. As sessões são espaçadas e adequadas de acordo com o caso particular.




Eletrolipólise (Eletrolipoforese)




A eletrolipólise também chamada de eletrolipoforese é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e acúmulo de ácidos graxos localizados. Caracteriza-se pela aplicação de microcorrente específica de baixa freqüência (ao redor de 25 Hz) que atua diretamente a nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior eliminação.

Um dos maiores problemas profissionais da área de estética no Brasil, é a falta de uma nomenclatura uniforme, que não nos cause problemas na interpretação e/ou na execução de artigos ou trabalhos científicos. Além dos dois termos, podemos confundí-los com a Eletroforese, que é uma forma de utilização da corrente galvânica, sem a adição de princípios ativos, sendo um mecanismo e ação complementar aos tratamentos estéticos.

A Célula e a Eletroterapia:

A célula é um elemento vivo que possui a capacidade de reagir aos estímulos elétricos, da mesma forma que reage a estímulos de natureza hormonal, térmica, mecânicas e fotoquímicas. A diferença básica é que as células usam átomos carregados, ou seja, íons para o movimento das cargas e quando falamos da eletricidade em circuitos não humanos, temos a movimentação de elétrons.

As células são circuitos úmidos, que operam em um meio salino de condutividade, como exemplo, um único íon de hidrogênio que contenha um próton , tem 2.000 vezes a massa de um elétron. Entretanto há grande diferença entre eletricidade direta e quando a colocamos direto no corpo humano, mostrando a reação que se produz nos tecidos em relação a simples passagem dos elétrons secos, movimentando no organismo os íons úmidos, que nos levarão a reações desejadas.

A eletrolipoforese terapêutica como dito anteriomenente atua a nível do tecido adiposo, produzindo sua destruição e eliminação. O campo elétrico que se origina entre os eletrodos, provoca a nível local, uma série de modificações fisiológicas que são responsáveis pelo fenômeno da eletrolipólise. Os principais efeitos fisiológicos proporcionados pela eletrolipólise são:

1) Efeito Joule
Em virtude do efeito Joule, a corrente elétrica, ao circular por um condutor, realiza um trabalho que produz calor ao atravessar o mesmo. O aumento de temperatura que é produzida na eletrolipoforese, não atinge tecidos orgânicos, visto que se trata de uma corrente com uma intensidade muito pequena, porém suficiente para contribuir para instalação de uma vasodilatação com aumento de fluxo sangüíneo local. Desta forma é estimulado o metabolismo celular local, facilitando a queima de calorias e melhorando o trofismo celular.

2) Efeito eletrolítico
Em condições normais a membrana celular é semipermeável, que separa dois meios de composição iônica diferente: o meio intracelular é eletronegativo e o meio extracelular é eletropositivo. O campo elétrico gerado por esta corrente na eletrolipoforese, induz o movimentoiônico que traz consigo modificações na polaridade da membrana celular. A célula tende a manter seu potencial elétrico de membrana normal, e essa atividade consome energia a nível celular.

3) Efeito de estímulo circulatório
O ligeiro aumento de temperatura que se instala no local (efeito Joule) contribui em parte para a instauração de uma vasodilatação, pois a corrente atua com estímulo direto nas inervações promovendo uma ativação da microcirculação. Já foi demonstrado em em estudos que a freqüência de 25 Hz é mais eficaz para tratar alterações circulatórias e congestivas.

4) Efeito neuro-hormonal
O tecido adiposo representa a principal reserva energética do organismo. Longe de um simples reservatório, o adipócito possui uma intensa atividade metabólica: forma triglicerídeos (liposíntese) e os armazena, decompondo-os (lipólise) segundo a demanda do organismo. A mobilização das gorduras de reserva, ou seja a lipólise , se realiza graças a uma enzima hormônio-dependente, a triglicerideolipase. Esta enzima desintegra os triglicerídeos em ácidos graxos e uma molécula de glicerol. Os ácidos graxos assim produzidos são em grande parte, expulsos da célula a menos que estejam em um local com excesso de glicose, e que voltam a formar triglicerídeos; ao contrário, o glicerol liberado, não pode ser usado novamente e é captado pelo fígado que o metaboliza em glicose.

Cada adipócito contém grandes quantidades da enzima digestiva de gordura, em sua forma inativa, a lipase. Alguns hormônios, em especial o cortisol, do córtex suprarenal, e a epinefrina, da medula supra-renal, podem ativar a lipase. O sistema neuro-hormonal influi sobre a lipólise: a estimulação do sistema simpático a ativa, enquanto a estimulação parassimpática diminui.

O Sistema Nervoso Simpático atua por mediação das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina):a ativação destas últimas se efetua por itermédio do AMP cíclico, que estimula certas proteinquinases, o que determina a ativação de lipase tissular.

Quando se utiliza uma corrente especifica de baixa freqüência durante a eletrolipoforese, produz- se uma estimulação do Sistema Simpático, e como conseqüência ocorre a liberação de catecolaminas com aumento do AMP cíclico intradipocitário, e aumento da hidrólise dos triglicerídeos.

Princípios de ação da Eletrolipoforese:

A Eletrolipoforese é uma forma de treinamento de Eletroterapia que utiliza corrente bidirecional, com alternância de polaridade a cada segundo que trata a gordura localizada e a celulite em seus diversos graus através de uma estimulação da pele em 4 etapas como verão abaixo:

Para que obtenhamos êxito na aplicação bem como no direcionamento das formas de onda, temos que nos preocupar com o ajuste de freqüência, que data o direcionamento e ação específica a cada forma de onda.

Onda A - tem uma dupla aplicação, sendo a primeira uma forma de estimulação com uma freqüência de 50 Hertz, o que neste caso superficializará seu efeito, dando uma diminuição na resistência intrínseca da pele e uma diminuição de uma sensibilidade de dor que possa ser referida pela paciente.

Onda B – possui uma freqüência mais baixa, em torno de 30 Hertz, destinada a uma ação preferencial na derme, com o objetivo de estimular as células, principalmente o fibroblasto que justifica a ação de melhora na tonicidade, e sobretudo a sua ação na drenagem intersticial visando uma diminuição do edema instalado. Temos aqui, tanto o efeito de vasodilatação pela ativação da microcirculação, como também a ação anti-inflamatória pela reabsorção dos metabólitos.

Onda C – esta forma de onda tem freqüência de 10 Hertz, atua diretamente sobre o adipócito pela estimulação elétrica das terminações do sistema neurovegetativo simpático. Esta estimulação agirá de forma a desencadear uma liberação do AMP ciclo intra adipocitário.

Os adipócitos das regiões envolvidas no processo celulítico assume uma atitude estática, e esta forma de onda fará com que haja uma excitação celular, incrementando o aumento na produção do AMP cíclico à produção dos produtos da degradação dos lipídios.

A ação direta desta forma de onda se dá diretamente sobre os receptores Beta determinantes da ativação do AMP cíclico que estimulará a lipase inativa tornando-a que liberará o triglicéride sob forma de ácido e glicerol.

Onda D – esta onda tem a característica de estimulação direta muscular, sendo que a freqüência de trabalho deve ser direta para o músculo, ou seja de 5 Hertz, e pode ser usada no final do tratamento para que através da estimulação muscular tenhamos uma via a mais de eliminação dos produtos oriundos da lipólise – eliminação de gordura.

Método de Aplicação:

A Eletrolipólise tem duas formas de aplicação, levando-se em conta as seguintes precauções iniciais:

a pele deve estar íntegra, sem lesões cutâneas, observando-se ainda que a paciente não deve ter feito nenhum procedimento esfoliativo prévio, tal como depilação por cera;

a região não pode Ter tumorações;

a pele deve estar sem cremes ou produtos;

pacientes que façam uso prolongados de corticóides e progesterona;

pacientes que tenham doenças uterinas como fibromas.

Método com Agulhas: os eletrodos são agulhas de acupuntura de 15 cm de comprimento por 0,3 mm de diâmetro, de uso único. As correntes são contínuas, mas existem algumas

correntes utilizadas para a prática da eletrolipoforese que são alternadas. O pulso bifásico assimétrico (como o pulso do TENS), é uma forma de onda utilizada na eletrolipoforese. As agulhas podem medir entre 4, 5, 7, e 12 cm, introduzidas a nível hipodérmico, utilizando-se uma distância de 4 cm entre elas. São sugeridas agulhas de acupuntura, fabricadas em aço inoxidável ou em prata, descartáveis, medindo de 0,25 a 0,3 mm de diâmetro com comprimentos que variam de 1 a 3 cm, ou de 10 a 12 cm. Agulhas mais grossas (0,30 mm) podem apresentar melhorers efeitos.

A técnica de aplicação consiste em colocar o paciente em posição cômoda, com a área de tratamento exposta, antes de penetrar a gulha e realizado os procedimentos de assepsia e antissepsia pertinentes ao procedimento.

Nesta “zona” de tratamento normalmente pinçamos o tecido, comprimindo a pele intensamente e procurando dar a angulação necessária para a colocação da agulha. Com a outra mão seguramos a agulha no máximo 0,5 cm da ponta do bisel. Evitando que no ato da penetração, a agulha fique fletida e perca o direcionamento da mesma. Devem ser introduzidos pares de agulhas de forma paralela, de acordo coma saída dos cabos no aparelho. As agulhas são separadas por mais de 5 cm, de modo que cubram toda a área a tratar. Se inicia uma sessão aumentando a intensidade gradativamente, partindo até o limiar suportável do paciente.

Tempo deduração: 50 minutos, após costuma-se aplicar algum tratamento complementar como: Estímulo muscular, drenagem linfática, estimulação de pontos de acupuntura, etc. Quase sempre é somado ao tratamento uma dieta hipocalórica e hidrosalina controlada para favorecer a saída de água intra-celular.

A intensidade da corrente aumentará em função da sensibilidade do paciente, de forma que não resulte em dor intensa na pessoa tratada. Vale ressaltar, que a pessoa tratada deve notar uma sensação de "pico máximo não doloroso" e esta será ajustada segundo a tolerância do mesmo, preocupando-se com a acomodação individual. Havendo a acomodação, a intensidade deverá ser aumentada quantas vezes forem necessárias. É necessário que o paciente sinta sensação de picadas que chegam ao limite do desagradável. Durante a sessão e preciso aumentar progressivamente a intensidade da corrente durante o processo de acomodação.

As sessões podem ser semanais, com um mínimo de 6, podendo alcançar até 10, devendo-se levar em conta que os efeitos se prolongam durante umas semanas a mais, sendo que para julgar os resultados se espera até 45 dias após o fim do tratamento. É sugerido uma aplicação por semana, os resultados tornam-se mais significativos após a 3ª sessão.

Quando há o aparecimento de dor durante a introdução da agulha, significa que a mesma está mal posicionada ao entrar em contato com as aponeuroses da pele, que são estruturas ricamente inervadas. As agulhas devem ser introduzidas sobre o tecido cutâneo, a nível do panículo adiposo. Não deve ocorrer nenhum sangramento e nenhuma dor deve ser manifestada. Esses fatos garantem a implantação correta da agulha no tecido adiposo.
Após a aplicação, deve ser recomendado a paciente a não exposição ao sol, devido a sensibilização causada pela aplicação.
INDICAÇÕES:

A principal indicação da eletrolipólise está no tratamento da obesidade localizada, celulite e lipodistrofia localizada. Há também indicação pós lipoaspiração, como complemento da cirurgia.

Podemos utilizar a eletrolipoforese para diminuição do perímetro em abdome, coxa e quadril.

Há também, discreta, porém não espetacular, perda de peso, melhora circulatória local e melhora da troficidade da pele da área tratada. Pode ser indicada também o uso da eletrolipoforese na lipodistrofias localizadas, nas complicações de "placas onduladas" após a lipoaspiração e a ptose abdominal e das nádegas.

CONTRA-INDICAÇÕES:
• Transtornos cardíacos (alteração do rítmo e da condução; insuficiência cardíaca) e portadores de marca passo e cardiopatias congestivas;

• Pinos ou placas no corpo, em áreas onde a corrente elétrica será aplicada;

• Gravidez em qualquer idade gestacional;

• Paciente renais crônicos (insuficiência renal)

• Trombose venosa profunda ou estado venoso catastrófico.

• Patologias ginecológicas, tipo fibroma uterino;

• Utilização de medicamentos, como corticosteróides, e anticoagulantes ;
• Progesterona;

• Neoplasias;

• Alterações dermatológicas na área a tratar (Dermatites, dermatoses, feridas, inflamações, eczemas, etc.)

• Epilepsia

Possíveis complicações e efeitos secundários podem ocorrer quando a eletrolipoforese trabalha com a implantação de agulhas no panículo adiposo, sem normas de assepsia adequada. Pode aparecer hematoma nessa área, o que não trará complicações. No método de aplicação de agulhas superficiais, poderá ocorrer uma pequena auréola de eritema pela passagem de corrente na pele que desaparecerá por si só e sem tratamento em poucas horas. Há também a descrição do aparecimento de pequenos pontos necróticos superficiais no local de introdução da agulha. As causas que podem determinar a aparição deste incidente não estão claras, entretanto, caso apareçam estes processos, sua cura ocorrerá sem maiores complicações.
A Eletrolipólise é um método eficaz, que tem sua efetividade ampliada quando temos ele conjugado com outros métodos, tais como Ultrassom e a Ionização, formando esses três equipamentos uma rotina que dará, certamente, uma resolução a vários aspectos no tratamento da celulite e gordura localizada.


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Peeling Químico


O termo peeling deriva do inglês e significa descamar, que é exatamente o que ocorre quando a pele é submetida a este procedimento. O peeling mais utilizado é o químico e consiste na aplicação de um ou mais agentes esfoliantes na pele, resultando na destruição de partes da epiderme ou derme, induzindo uma regeneração dos tecidos epidérmicos e dérmico. Essas técnicas de aplicação produzem uma lesão programada e controlada com coagulação vascular instantânea, resultando no rejuvenescimento da pele com redução ou desaparecimento das ceratoses e alterações actínicas, discromias pigmentares, rugas e algumas cicatrizes superficiais.

Peeling - Tratamento ideal no inverno

O inverno vem pela frente e com ele a necessidade de maior intensificação dos cuidados com a pele, principalmente aquelas pessoas que querem uma renovação intensa da mesma, buscando rejuvenescimento e uma aparência mais saudável. É o momento de recorrer aos vários métodos de peeling, procedimento terapêutico que renova a epiderme nos diversos níveis de sua estratificação, com previsibilidade, seguido de cicatrização ideal. E para tal, existem vários níveis de descamação da pele que podem ocorrer, dependendo da substância ou processo utilizado, da necessidade de cada pele. Há sempre um tipo de peeling para cada tipo de problema, pele e idade.


Todos os métodos existentes hoje, dividem-se em três formas de peelings: os mecânicos (utilizam-se grânulos e lixas de diversas origens); Físicos (com Lasers de todos os tipos e Crioterapia ou terapia pelo frio, onde usa-se a Neve Carbônica e o Nitrogênio Líquido) e os mais antigos e conhecidos peelings Químicos.

Os peeling são conhecidos desde a Antiguidade, quando Cleópatra banhava-se com leite azedo (ácido lático) e mulheres da Idade Média usavam vinho azedo (ácido tartárico) para promover uma pele limpa, acetinada e rosada. Mas, somente a partir do fim de 1800, foram utilizados por médicos dermatologistas de forma científica para tratamento da pele com substâncias como Ácido salicílico, Resorcinol, Fenol e Ácido Tricloroacético (ATA). Hoje são divididos em Peelings químicos Superficiais, Médios e Profundos, de acordo com o nível que atingem na espessura da pele. Isso determinará uma menor ou maior renovação da pele. Saiba como são, para que servem e qual sua evolução.


PEELINGS QUÍMICOS E SUPERFICIAIS

São os que determinam uma aplicação sucessiva que pode variar de 7 dias a 1 mês; não necessitam de nenhum tipo de anestesia; as complicações médicas são raras e têm indicação nas peles com Acne, algum tipo de manchas leves e envelhecimento discretíssimo, que pode ocorrer já a partir dos 30 anos de idade. As substâncias envolvidas mais comuns são: ATA, Ácido Salicílico, Ácido Retinóico e Ácido Glicólico.

Durante a aplicação no consultório, pode haver um leve ardor tolerável e discreta vermelhidão, dependendo da substância em questão. Nos 3 a 4 dias subseqüentes, uma descamação aceitável, corrigida com hidratantes e o uso imperativo do filtro solar, elemento obrigatório na recuperação de todos os tipos de peelings.
PEELINGS QUÍMICOS MÉDIOS

De aplicação semestral, já podem necessitar de algum tipo de anestesia, dependendo da tolerabilidade à dor de cada um, desde um creme anestésico passado 30 minutos à 1 hora antes, até sedação leve ou bloqueio anestésico da área a ser tratada. As complicações do método são também raras, mas pode haver um aumento mais pronunciado das manchas ou vermelhidão prolongada da pele. Mas, o mais importante é para os que apresentam Herpes no local a ser feito o peeling, pois não devem esquecer de referir isso ao seu médico, pela possível reativação da infecção logo após a realização do mesmo. Aquelas peles que apresentam um envelhecimento mais pronunciado, com sardas e manchas se beneficiam muito bem com o peeling químico. As substâncias envolvidas são: ATA mais potente do que é usado nos peelings superficiais e Fenol sem oclusão, isto é, sem cobrir com nenhum tipo de curativo a região tratada com essa substância. A recuperação das peles nesses casos se dará em média em 10 dias, pois existe a formação de uma crosta de aspecto amarronzado, que se destacará nesse período e dará lugar a uma pele avermelhada, que paulatinamente retornará em um mês ao seu estado natural.

PEELING QUÉMICO PROFUNDO

Sempre efetuado sob sedação, com algum tipo de anestesia local ou geral, é mais indicado para aquelas peles bem claras e que tenham um grau acentuado de envelhecimento e manchas, a partir dos 50 a 60 anos de idade. O ideal é que seja feito em condições onde haja monitoração cardíaca da pessoa que está sendo submetida ao peeling pelas possíveis complicações com a absorção da substância que é utilizada sob oclusão: o Fenol. Ele será aplicado sobre a pele e deixado com curativo por 24 a 48 horas, quando então é removido e haverá um inchaço e eliminação importantes de líquidos pela pele, seguidos por formação de uma crosta grossa e marrom que terá seu destacamento total numa média de 15 dias. Na seqüência, uma vermelhidão ocorrerá por no mínimo 2 a 3 meses após a data da realização do peeling.

Para se realizar um peeling químico, a pele deve ser preparada previamente com antecedência de 15 a 30 dias e também receber um tratamento pós-peeling. Estes cuidados permitem a obtenção de melhores resultados, além de ajudar a evitar possíveis efeitos indesejáveis dos peelings, como pigmentação pós-peeling ou queimaduras, que podem acontecer mesmo quando todos os cuidados são tomados.

Limpeza de Pele



O rosto é considerado uma das maiores preocupações estéticas, não somente das mulheres, mas dos homens também. A aparência da pele desta parte do corpo sofre com a influência de diversos fatores como: variação hormonal, alimentação, estresse, incidência solar, entre outros. Ao contrário do que muitos pensam, as peles não são todas iguais, por isso, é preciso alguns cuidados básicos para manter o rosto com um aspecto saudável e jovial.

Conhecer o tipo de pele é muito importante para o tratamento adequado. Ficar cutucando cravos e espinhas e regiões com inflamação no rosto é regra proibida. A solução adequada é uma limpeza de pele com profissional especializado.

Aumenta a penetração dos cosméticos, melhorando seus resultados em termos de viço e rejuvenescimento, além de minimizar as cicatrizes e tratar a própria patologia. A limpeza inclui também um trabalho de revitalização e hidratação.



Massagem

Massagem Relaxante


A massagem é calmante e proporciona conforto. Em geral ela é indicada para desconforto músculo-esquelético, acentuar a circulação, redução do estresse, controle de dor e situações que possa ser analgésico, anti-inflamatório, relaxante muscular, medicação contra ansiedade e depressão.


Massagem Modeladora


A massagem modeladora é uma técnica que utiliza manobras rápidas e intensas sobre a pele, utilizando pressão através de movimentos de deslizamento, amassamento, pinçamento e rolamento. Estes movimentos desencadeiam um processo de estimulação, que propicia melhora na oxigenação dos tecidos, melhora o contorno corporal e também o tônus muscular.

Drenagem Linfática

O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfóides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório, ou seja, é constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares sangüíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sangüínea. O sistema linfático também é um importante componente do sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores.



Os capilares linfáticos estão presentes em quase todos os tecidos do corpo. Capilares mais finos vão se unindo em vasos linfáticos maiores, que terminam em dois grandes dutos principais: o duto torácico (recebe a linfa procedente da parte inferior do corpo, do lado esquerdo da cabeça, do braço esquerdo e de partes do tórax) e o duto linfático (recebe a linfa procedente do lado direito da cabeça, do braço direito e de parte do tórax), que desembocam em veias próximas ao coração.

Linfa: líquido que circula pelos vasos linfáticos. Sua composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. No sangue os linfócitos representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos.
Órgãos linfáticos: amígdalas (tonsilas), adenóides, baço, linfonodos ( nódulos linfáticos) e timo (tecido conjuntivo reticular linfóide: rico em linfócitos).

Amígdalas (tonsilas palatinas): produzem linfócitos.
Timo: órgão linfático mais desenvolvido no período prenatal, involui desde o nascimento até a puberdade.

Linfonodos ou nódulos linfáticos: órgãos linfáticos mais numerosos do organismo, cuja função é a de filtrar a linfa e eliminar corpos estranhos que ela possa conter, como vírus e bactérias. Nele ocorrem linfócitos, macrófagos e plasmócitos. A proliferação dessas células provocada pela presença de bactérias ou substâncias/organismos estranhos determina o aumento do tamanho dos gânglios, que se tornam dolorosos, formando a íngua.



Baço: órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto na circulação sangüínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático.

DRENAGEM LINFÁTICA

O método de drenagem linfática manual surgiu em Paris, em 1932, foi desenvolvido pelo terapeuta dinamarquês Emil Vodder que trabalhava junto com sua esposa, na Riviera Francesa, por isso, é muito mais popular na Europa que no Brasil. Considerado um método de massagem altamente especializado, deve ser realizado por fisioterapeutas ou profissionais com profundos conhecimentos de anatomia e fisiologia do sistema linfático. Ao contrário do que se pensa, a Drenagem Linfática não dói e se bem empregada pode combater um dos maiores inimigos da mulher: a celulite.

A drenagem consiste em manobras suaves, lentas, rítmicas e relaxantes, com os dedos ou as mãos de acordo com a zona do corpo. Uma pressão que cause dor pode romper vasos e formar hematomas, trazendo complicações para o quadro da paciente. Também se deve ter conhecimento de que os capilares linfáticos estão localizados logo abaixo da pele e acima dos músculos, portanto não existe "Drenagem Linfática Profunda", isto é propaganda falsa!

A drenagem linfática é uma técnica de massagem que trabalha o sistema linfático, estimulando-o a trabalhar de forma rápida e eficiente, favorecendo o escoamento do líquido intersticial excedente. A drenagem linfática utiliza pressões superficiais e suaves, sem causar dor ou incômodo.

ESTÍMULO DA CIRCULAÇÃO

Os movimentos da massagem seguem o trajeto dos vasos linfáticos, o que melhora as funções essenciais do sistema venoso e linfático. A principal finalidade é mobilizar a corrente de líquidos que está dentro dos vasos linfáticos com objetivo de movimentar a linfa em direção aos gânglios (nos capilares linfáticos, esse líquido passa a se chamar linfa). Esta prática melhora a circulação sanguínea, por isso, é recomendada no tratamento de celulite, porque elimina líquido. Podem causar a retenção de líquidos uma dieta rica em sal e gordura, alterações hormonais, problemas circulatórios, processos inflamatórios, roupa apertada, entre outros. Assim, o corpo fica sobrecarregado por um excesso de liquido que não consegue reabsorver, ocasionando a celulite.

A estagnação dos gânglios linfáticos também pode causar dor, desconforto e corpo inchado. A estimulação da circulação linfática ajuda o corpo a eliminar toxinas e auxilia na nutrição dos tecidos. Embora todos os tipos de massagem estimulem a corrente linfática, a técnica de Vodder é focada na drenagem do excesso linfático. “A Drenagem Linfática também é ótima para cólicas menstruais, em gestantes alivia dores nas pernas e a sensação de peso, também funciona muito bem para minimizar hematomas e evitar processos fibróticos nos pós-cirúrgicos, como plásticas e lipo”, recomenda.

REGENERAÇÃO DOS TECIDOS

A Drenagem Linfática Manual é recomendada para o desaparecimento de inúmeras formas de edemas como, por exemplo, edemas pós-operatórios; o edema do braço depois de uma mastectomia; assim como os edemas pós-traumáticos, como os que aparecem quando se faz uma fratura. De acordo com a Dra. Cibele Rocha, a massagem estimula o processo ou imunológico, aumentando na zona cortical dos gânglios linfáticos, a produção de linfócitos, cujo núcleo tem um papel alimentício e regenerador para os tecidos. Este fenômeno foi observado em úlceras varicosas, osteoporoses, enxertos de órgãos e celulites.

EFEITO RELAXANTE...

A Drenagem Linfática Manual exerce uma ação sedante, tranqüilizante e relaxante. De fato, quando se inicia o tratamento, a maioria dos pacientes sente que os seus músculos se relaxam, as suas pálpebras pesam e uma sensação de torpor invade-os. No entanto, não é recomendável a utilização de cremes ou óleos de massagem nesta técnica. De acordo com a Dra. Cibele Roha isto acaba atrapalhando a realização das manobras e a pressão específica das mãos fica comprometida. “Nada impede de utilizar óleo essencial para aromatizar o ambiente”, diz.

Também é comum sentir vontade de urinar com mais freqüência após a sessão, e este é um sinal que a Drenagem Linfática foi bem feita, pois estimula ao funcionamento dos rins e todos os detritos acabam sendo eliminados naturalmente através da urina. Devemos sempre fazer Drenagem Linfática para uma boa qualidade de vida, pois além de todas as indicações já citadas, ajuda a combater o stress, proporciona regeneração e defesa dos tecidos, aumenta a eliminação de toxinas por diurese em até 24 horas.

INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES

“Qualquer pessoa pode receber esta massagem, não precisa necessariamente estar com algum problema”. A Drenagem Linfática somente possui contra-indicação absoluta em casos de trombose venosa profunda e quando existe a suspeita ou se está em tratamento do câncer. Pessoas cardíacas ou com a pressão alta possuem contra-indicações relativas, salvo quando controladas por medicamentos. É absolutamente indicado para gestantes, principalmente, para aliviar as dores do corpo muito inchado nos últimos meses da gravidez.